"Os homens nunca se apaixonam perdidamente. Já as mulheres se apaixonam de uma forma que dá até pena."
Talvez não com essas exatas palavras, mas o Manoel Carlos disse isso no Fantástico domingo. Verdade cruel. Adorei.
Não busque conscientemente ser infeliz, a vida se encarregará disso. Dê uma gargalhada, se for o caso, alivia, e escreva, escreva o mais que puder. Autran Dourado ("Breve manual de estilo e romance")
10 comments:
Ai, Lys...Pode ser verdade, mas e horrivel de ouvir (ou de ler).
"Os homens querem ser os primeiros na vida de uma mulher e a mulher quer ser a última na vida de um homem" - já dizia minha avó.
Não concordo. As pessoas mais apaixonadas, sem lenço e sem documento, que eu já conheci, são homens.
Eu tenho minha teoria de que ninguém se apaixona por ninguém. Pra mim, as pessoas formam o ideal de alguém e se apaixonam por aquela idealização totalmente irreal, porque defeito é o que não falta em todo mundo. Então, quem idealiza se apaixona, homem ou mulher. É verdade que dizem que as mulheres são mais sonhadoras, têm mais criatividade pra melhorar a realidade, mas será? Sei lá.
Fora que tem coisas piores, a pessoa acha que o outro vai ser a salvação da vida dela, e por aí vai. A birutice humana, como você bem sabe, não conhece limites.
Carla, para mim não é novidade nenhuma, eu sempre pensei assim. Me espantou somente ouvir isso de um homem.
Suzana, sábia avó a sua. Eu só queria saber se a idiodice feminina é genética ou cultural. Aposto mais na última hipótese.
Rosangela, está falando sério? Todos os homens me parecem muito apaixonados se não conseguem pôr a mão no seu objeto de desejo. Uma vez que a mulher começa a se interessar (demais, em geral), a intensidade da paixonite masculina começa a declinar.
E outra: já viu o sofrimento masculino após levar um "chute"? Ficam arrasados, mas em uma semana já estão com outra mulher. Eu acho isso muito peculiar. A única forma de abater completamente um homem, pelo que tenho visto, é colocar-lhe um belo par de chifres. Nesse caso, e somente nesse, seu amor e dedicação, embora sofridos, serão eternos.
Daniele, é bem verdade que a gente só se apaixona pela idealização de alguém. Meu último amoRRRRR foi exatamente assim. O curioso é que a tal "criatividade para melhorar a realidade" de que você falou não deixa espaço para mais nada. Está tudo cinza, quase preto, e o que a gente vê? Branco! Doidices, sem dúvida.
Bem, como vocês podem ver, eu não tenho muito boa opinião sobre o amor masculino...Mas gosto dos homens mesmo assim. É na tentativa de achar possíveis exceções que está a graça da vida, eu acho.
Bom, pelo menos a vida ainda tem graça se você continua acreditando que existam exceções e continua procurando por elas. Eu continuo acreditando que elas existem, mesmo sem traição. :)
Há controvérsias... E depois, não dá pra generalizar (ainda que exista um certo consenso comum).
Se você ler meu livro talvez mude de idéia.
Rosangela, o ponto mais importante para mim nem é a traição. Eu penso é que o foco feminino é muito diferente do masculino. Nós investimos exageradamente; é muito apego, muita idealização. Eles são mais espertos e estão aptos a desmobilizar, desviar o vínculo para outras pessoas e coisas. Eu falo mal, mas queria ser assim. Seria a glória.
Wagner, eu já teria lido seu livro há séculos se ele estivesse disponível em papel, você sabe. Como não li, teria que argumentar baseada em hipóteses. E como é que você quer me convencer do contrário tendo por base uma história de ficção?
Nada impede que meu livro seja impresso, Lys — só que o leitor interessado terá que gastar papel e tinta de impressora (o que talvez saia mais barato do que comprar um livro impresso por uma editora — mas é claro que não tem o mesmo, digamos, “charme”). Em todo caso, quem disse que a ficção não se apóia (ou se inspira, como querem alguns) em dados da realidade? E depois, ficção não significa necessariamente que se trate de algo falso ou irreal: muitas vezes a ficção pode ser bem mais verdadeira que a própria realidade. Eu acredito nisso. E minha “literatura” reflete esta crença — pelo menos eu penso que sim.
hahahaha... tão verdade!!!
Eu sou bem pragmática em relação a tudo isso. É a mais pura verdade. E pronto!
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