Tuesday, December 26, 2006

Ho! Ho! Ho! Ho!

Ano que vem vou começar a comprar os presentes de Natal em outubro, que é para ver se dá tempo. Este ano eu podia deixar o povo sem presentes ou ir me irritar no shopping lotado em cima da hora – fiquei com a primeira opção, lógico. Só comprei mesmo o presente do meu amigo oculto da família porque não dava para chegar com as mãos abanando.

E tem mais: não vesti roupa nova. Às dez horas do dia 24, abri as portas do guarda-roupa e achei lá, meio escondido, um vestido que eu já tinha até esquecido que existia. Falei, “É você mesmo, querido. Vamos sair." Sandalhinhas, as rasas. Não fiz as unhas. No cabelo preso, gel. Maquiagem, só gloss. Mesmo assim, estava me sentindo ótima. Minha ceia foi na casa da minha avó (que morreu em junho, mas a casa será sempre dela).

No dia 25, teve almoço na minha casa. Eram 44 pessoas, imaginem. Me deu uma aflição incrível. Definitivamente não sou a melhor anfitriã, talvez precise admitir que nem gosto muito de visitas. O bom mesmo foi ver a piscina, normalmente às moscas, sendo aproveitada pelas crianças que brincaram na água a tarde inteira.

E, por falar em crianças, Natal com elas é outra coisa. Agradeço ao pequeno príncipe mais esta: ver a festa pelos olhinhos brilhantes dele. As luzinhas, a árvore, o sorriso - que deixava à mostra os dois únicos dentinhos - ao receber os presentes que ele logo preteria em favor dos papéis de embrulho rasgado.

Tem gente que fica melancólica no Natal. Eu não. Tenho minhas restrições, mas para mim é a melhor festa do calendário. O duro mesmo é agüentar Reveillon, mas, se não se pode fugir, que venha!

Friday, December 22, 2006

Thursday, December 21, 2006

Cansaço monetário

E os boatos no mercado financeiro, heim? Se metade do que eu ando ouvindo for verdade, vou eu mesma a Brasília estrangular o presidente.

Wednesday, December 20, 2006

Dias tórridos

Saí. Domingo foi um daqueles dias espetaculares que deixam a cidade absurdamente linda, especialmente se você a observa pelos vidros do carro refrigerado. Caí na real: nos últimos meses fui me enclausurando em casa, no trabalho ou em salas de aula, e minhas pequenas alegrias cotidianas ficaram perdidas. Era inverno ou quase.
Você pode dizer que este calor está infernal. Concordo. Mas e a atmosfera que invade toda a cidade - você não percebe que as pessoas estão mais felizes e mais abertas? Eu vejo assim. Eu sinto assim. Reflexo de dentro para fora? Ou de fora para dentro? Não sei, só sei que é amanhã que o verão vai chegar. Prepare-se.

Friday, December 15, 2006

Je suis désolé

Fiquei sabendo agora que o meu pequeno príncipe, no auge dos seus seis meses, faria sua estréia teatral como protagonista na peça da creche-escola no próximo domingo, mas recusou o papel de menino Jesus. Durante os ensaios, chorava a plenos pulmões e queria levantar-se da manjedoura a qualquer custo. Obviamente a diretora teve que procurar um ator mais colaborativo. Esse menino... tão pequeno e já dá chiliques de estrelismo. Acho que saiu à madrinha. Tsc, tsc, tsc!

Tuesday, December 05, 2006

Estivemos fora do ar por motivos de força maior

Final de semestre, parece que a vida pára, vira outra coisa - um amontoando de livros, cópias xerox e discussões inúteis. Até ontem tive provas, o que para mim nem é ruim. Ruim mesmo é ter que fazer trabalho de grupo. Meu Deus, eu tive que fazer SETE trabalhos de grupo nas últimas quatro semanas.

Vocês nem imaginam como isso é difícil para mim. Primeiro porque eu me acho a rainha da cocada preta e não tenho paciência para ouvir os outros. Arrogância, sim, eu sei. As pessoas são assim: “Antes de entregar, vou mostrar o meu trabalho ao meu namorado, que é mestrando [em outra área, acreditem], para ver o que ele acha.”, ou “Vamos mostrar o que fizemos até agora ao professor, para ver se está certo?”. E eu nunca peço a opinião de ninguém sobre os meus trabalhos. Tenho tanta confiança no meu taco que chego a ser prepotente. Mas eu tenho reforço de anos. Nunca pedi opinião de ninguém e sempre me dei muito bem, então acho que não podia ser diferente.

Aí me toco que tenho que dividir a liderança, que eu sempre pego porque ninguém está nem aí mesmo. Ou resolvo delegar tarefas. Peço que as pessoas redijam o texto final. Jesus, Maria, José! O que aparece é sempre incrível. Este mês tive um copiar/colar do conteúdo da Wikipédia sobre o tema de pesquisa. Fiquei estarrecida com a imaturidade do cidadão. Que ingenuidade achar que ninguém ia sacar que tipo de texto era aquele. Só de olhar, eu já sabia; imaginem o professor! E há os 98% dos alunos que escrevem horrivelmente. Não é só questão de não dominar a língua, é mais que isso. Os pensamentos não têm linearidade, são todos desconexos. É preciso ler cada parágrafo umas cinco vezes antes de entender o que o sujeito quer dizer. Quando se consegue, pode-se passar, então, a corrigir os erros de ortografia, pontuação, concordância...

E sempre rolam as discussões inúteis, as brigas de egos (sendo o meu o piorzinho, quase nem sobra espaço para mais ninguém), e aí o trabalho de grupo acaba virando um “cada um faz uma parte em casa e depois a gente junta tudo” – trabalho frankensteiniano, mal costurado, um fiasco. Vocês acham que alguém se importa? Tirando a nota mínima para ser aprovado, fica todo mundo feliz. Menos eu, claro.

Juro, estou com saudades de fazer faxina, ver novela idiota e ler revista de mulherzinha à beira da piscina. Gastei todos os meus neurônios. Não há como agüentar tanto trabalho em grupo!