Terminamos bem. O som poderoso do meu piano, que não era ouvido há anos, encheu a casa e invadiu o quarteirão, deleitando os vizinhos de bom gosto (rá!) e quem passasse pela rua. Óbvio que não era eu quem tocava – quem não tem competência não se estabelece. Num grupo de vinte e poucas pessoas, fizemos a contagem regressiva ouvindo ABBA,
dancing queen, feel the beat from the tambourine. Muito champagne, comida em excesso, fantasia. Quebrei a cara com essa história de não gostar de réveillon. Quer dizer, ainda não gosto, mas a festa foi ótima.
Começamos mal. Ligo a TV no dia 1º, e o que é que tem? Enforcamento de Saddam Hussein. Que tapa na cara da humanidade. Quem pensava que havíamos evoluído ficou atônito. Eu pensei que não iam fazer, apesar de a sentença ter sido anunciada aos quatro ventos. Olho por olho, dente por dente. Homens das cavernas é o que ainda somos. Para completar, assisti
Crash ontem. Ótimo filme, péssima escolha para um dia que começou otimista. Não dá para digerir, comecei a fazer pontes para tudo o que acontece à minha volta.
Vamos lá, gente, que a festa acabou e a vida real bate à porta outra vez.
Meu desejo para 2007: que seja um ano de menos intolerância e violência.