Tuesday, February 12, 2008

Sorte no jogo

Correndinho, me esgueirando para escrever este post de casa, eu preciso dizer que eu devia acordar todos os dias com um grande sorriso, mesmo às seis e meia da manhã, e agradecer pela minha vida ser tão fácil e tudo dar tão certo (a parte prática, é claro, não mencionemos minha vida amorosa inexistente).


Eu faço dramas, imagino que nunca vou conseguir um estágio, e consigo dois.

Eu achei que a empresa - leia-se Mr. President - ia colocar mil empecilhos para me liberar algumas (muitas) horas para eu ir para a clínica da universidade antes do fim do expediente. O que aconteceu? Ele não só me liberou, mas se mostrou genuinamente contente em saber que estou prestes a me formar e que poderia ajudar.


Acho que amanhã vou jogar na loteria.

Thursday, January 17, 2008

Vazia

Na verdade, amanhã é meu último dia de férias. Absurdamente volto ao moedor de carne numa sexta-feira -- alguém aí já viu algo assim?

Que lixo de férias eu tive. Tudo por causa da minha indolência e falta de vontade de qualquer coisa. Estou incapaz de colocar umas coisas na bolsa, jogar no carro e partir rumo a Parati, Angra, Búzios, o inferno. De bom, só uns livros lidos na rede, umas tardes na piscina (pero fugindo sempre do sol), duas sessões de cinema e muito bate-perna em shopping (gastando, gastando, gastando...).

R. me telefonou hoje. Está no Brasil até domingo e quer me apresentar o namorado novo, suíço. Somos amigas, faz um ano que não a vejo, mas eu tenho preguiça até de ir vê-la. É lógico que não disse isso a ela, então amanhã vou fazer programa de gringo: Santa Teresa, de bonde. Eu só vou lá de carro. Veja que isso envolve todo um esquema de pegar ônibos até o centro. Eu nem sei mais andar de ônibus. Quando eu pegava ônibus, a porta de entrada era atrás. Fico feito barata tonta mesmo. Desconfio de todo mundo, acho que vou ser assaltada a qualquer momento. Depois, andar para trás para saltar, acho bizarro. Sou uma velhinha e qualquer dia vou começar a dizer "no meu tempo, isso e aquilo".

Já virou uma ladainha, mas vou repetir: sinto uma falta enorme do blog e de tudo o que ele traz a reboque, ou seja, da interação com vocês. É lógico que eu deveria procurar mais interação não-virtual, mas, de novo, a preguiça. Às vezes, até acho que quero, mas depois desisto. É um esforço tão grande! Eu queria encontrar uma pessoa que me encantasse, dessas com quem a gente começa a conversar e não quer parar nunca mais. Sinto muita falta disso: encantamento por pessoas.

Um pequeno encatamento existente ainda é dirigir pelo Aterro, rumo a Botafogo, em dia de sol. Os morros na Urca, o mar pontilhado de embarcações. Azul, verde, azul, verde, azul, verde. Que sorte. Se eu tivesse nascido em uma cidade menos absurdamente linda, o que ia me restar?