Eu tenho medo da mediocridade em mim, e não é um medinho magro, esquálido. Por isso fico fugindo. Tento ser brilhante, sem sucesso a maior parte do tempo, só conseguindo ficar no meio do caminho, o que às vezes me basta, contanto que a mediocridade não encoste em mim. Mas às vezes ela consegue, e me lambuza com a sua gosma fétida e ácida.
Se eu tivesse escolhido estudar, digamos, matemática, talvez pudesse enganar mais. Passaria noites em claro fazendo cálculos, que falam por si, e pronto. Mas não. Eu penso demais em subjetividades, investigo entrelinhas, tenho certezas rarefeitas e minhas idéias só se conectam em pedaços de papel. Quando chega aquela parte da música
você é tão articulada
quando fala não pede atenção
Se eu tivesse escolhido estudar, digamos, matemática, talvez pudesse enganar mais. Passaria noites em claro fazendo cálculos, que falam por si, e pronto. Mas não. Eu penso demais em subjetividades, investigo entrelinhas, tenho certezas rarefeitas e minhas idéias só se conectam em pedaços de papel. Quando chega aquela parte da música
quando fala não pede atenção