Monday, September 18, 2006

Existencial

Fui para a biblioteca da universidade estudar no sábado porque o volume de textos a ler se multiplica a cada semana e eu não estou dando conta. Entre outras coisas, por causa de preguiça mesmo. Dali parti para o supermercado, porque na geladeira só tinha água e manteiga, a total desolação visual. Tinha um casamento para ir, mas não fui. Completamente sem paciência para maquiagens e salto alto, preferi ficar em casa arrumando as compras na despensa (tem alguma coisa errada aqui, não tem, não?). Domingo me perdi zanzando pela casa feito peru bêbado em véspera de Natal. Meu quarto, uma zona de guerra. Fui arrumar. Me peguei lavando meu banheiro às 6 da tarde. Não tinha nem feito as unhas. Minha mãe me perguntou: “Já não chega, minha filha?” A sabedoria da experiência.

É isso. Acho que chega. A sensação é a de que estou submersa em um mar de tarefas estéreis, sem a menor necessidade. Uma pessoa sem noção de prioridades, foi isso que me tornei. Nem sei para que inventei de fazer outro curso na faculdade. Uma vontade de pular do trem . Tipo: pára tudo que eu quero descer. Bem agora.

3 comments:

Anonymous said...

Nunca vi nada errado na filosofia de "Chutar o balde!". Boa semana!

Anonymous said...

Quando a gente caça, acha.

Lys said...

Simone, muita água há de passar debaixo da ponte até que eu consiga ser adepta da filosofia de chutar o balde. Está além das minhas possibilidades, por enquanto. Um dia chego lá.

Marcos, é fato. Tudo o que estou vivendo é conseqüência das minhas próprias escolhas. Não dá para transferir a responsabilidade para ninguém.