Friday, August 31, 2007

Malcriada

Depois que se separou da mulher, um colega de faculdade mais próximo – mas não tão próximo assim – me veio com essa de me chamar de “amorzinho”, nem isso, “mozinho”, ele diz quando me telefona por algum motivo qualquer. Eu, nada afeita a esse tipo de tratamento, penso cá com meus botões, tal e qual aquele personagem malvado de Cidade de Deus: “Mozinho é o ... Meu nome é Zé Pequeno.”

Questão de química

O fim de semana é o meu Prozac.

Wednesday, August 22, 2007

Flaming June, Frederick Leighton

Sem explicação

O problema reside em: meu tempo não é meu.

Meu tempo é da empresa para a qual trabalho. Meu tempo é da faculdade. Meu tempo é da minha família. Às vezes, meu tempo é dos meus amigos. Mas meu, que é bom, meu tempo não é.

Mentira, às vezes, ele é meu, mas, quando isso ocorre, eu descubro que não sei usar, tal e qual acontece com quem compra um eletrônico sofisticado e só sabe apertar Power, Play, Stop e Pause, qualquer outra função para sempre esquecida no manual não lido.

Obrigação. Lazer. O tédio se insinua em cada ranhura dos meus dias. Não é tristeza, compreendam, é só fastio. Nem chego realmente a me importar. Há momentos em que, como quem acorda de um longo sono, ainda meio letárgica, tenho breves momentos de inquietação e me pergunto se a vida é só isso mesmo, sound and fury, blá, blá, blá.

Meu tempo passa cada vez mais rápido. De segunda a sexta. De sexta a domingo – para onde vão todos os fins de semana? Já procurei entre as páginas dos livros, nas dobras das cobertas, nos quilômetros marcados no odômetro do carro. Não acho.

O supermercado, o almoço de domingo, o cinema. Toda a estranheza do mundo está em mim e ainda sorrio.

Decerto é chegada a hora de ler o manual.

Thursday, August 02, 2007

Resumindo:

Tudo
muito
chato.