Thursday, June 21, 2007

Longe do comercial de xampu

Eu acho engraçado quando as pessoas me dizem Mudou o penteado! como se isso fosse uma opção minha. Nunca é. É ele, o cabelo, quem manda. Se eu mudo o penteado, ou seja, prendo o cabelo, é porque, de outra forma, não haveria como sair de casa.

Na hipótese de eu ter que escolher entre ficar rica ou ter um cabelo bonito e obediente, juro que eu ia ficar na dúvida.

Tuesday, June 12, 2007

Só um dia como outro qualquer

Se hoje fosse dia do soldado, eu ia ficar triste porque não sou soldado? Não.

Se hoje fosse dia da árvore, eu ia ficar triste porque não sou árvore? Não.

Então, por que as pessoas acham que eu tenho que ficar triste no dia dos namorados? Arfe, que nóia, heim! Mas uma moça tão bonita [adoro essa parte de “moça”] vai ficar sozinha hoje? Sozinha, não. Vou ficar com mais um monte de gente no trabalho, na faculdade e em casa. Tá bom para vocês?

Wednesday, June 06, 2007

A soberba e a falta de tato

Eu tenho um defeito, ou melhor, eu tenho vários defeitos, mas há um que considero grave e que me incomoda muito: às vezes, eu falo demais. Que por falar demais não se entenda “tagarelar enlouquecidamente”, mas sim “dizer o que não se deve a pessoas a quem não se deve, em lugares impróprios”. Como ontem, por exemplo. Eu discorria sobre um outro defeito meu: a impaciência com as situações grupais forçadas pelos professores, tipo trabalhinhos em grupo, discussões em sala de aula etc. Eu disse a uns colegas de turma que não gosto dessas atividades, que não tenho disponibilidade para discussões e, pior, que eu sou arrogante a ponto de não ter a menor vontade de tentar convencer os outros sobre a validade das minhas idéias. Duas meninas me olhavam com os olhos arregalados enquanto eu ia despejando meu arsenal de palavras inoportunas. O ápice da falta de tato se deu quando pronunciei, com todos os efes e erres, que não estava muito interessada na troca com outros alunos e que só o que os professores falavam importava realmente para mim, porque me incitavam a uma certa análise crítica do que eles ensinam. É claro que não sou tão radical assim, mas eu parecia estar tomada por uma peste qualquer e danei a falar. Alguém saiu com a seguinte pérola: Mas assim você menospreza a capacidade intelectual dos seus colegas! Eu disse: Não, imagine!, mas no fundo é isso mesmo, né? Não estou dizendo que só estou aberta a pessoas intelectualmente brilhantes. Não é isso de forma alguma, mesmo porque eu estou bem longe de ser brilhante. Mas quando a questão é acadêmica, desculpe, eu não consigo suportar grupos. Sou do bloco do eu-sozinha, já disse. Eu sei que é quase patológica a minha questão, mas, cá para nós, esse é um dos meus defeitos com os quais eu não consigo me incomodar muito.

Friday, June 01, 2007

Breathe in

Ontem à noite, caminhando, lembrei que existe uma coisa que eu adoro fazer no tempo frio: respirar.

Sentir o ar gelado entrando pelas narinas e enchendo os pulmões me deixa consciente de uma verdade de que não deveria nunca esquecer: estou viva.