Monday, November 20, 2006

Sigo

Pois bem, é feriado e eu trabalho. Ou melhor, venho ao trabalho, pois não há nada a fazer. O dia é quase morto, é só olhar pela janela a vida em câmera-lenta. O gramado do parque está verde da chuva da semana passada e há gente deitada nele, pegando o restinho do sol fraco. Horas vazias e letargia.

Eu penso na bagunça do armário, no fim do semestre, nas provas que se aproximam, nos trabalhos a entregar, nas entrevistas de estágio. Tudo muito. Chega a me dar uma sensação sufocamento. Eu não sei funcionar assim, caoticamente.

E tem a angústia. A faculdade para quê? O estresse para quê? À noite, tenho caminhado apressada pelo longo quarteirão que separa a universidade do estacionamento e me sentido, dramaticamente, muitíssimo infeliz. Depois fico feliz, só porque, dirigindo para a casa, posso ver as luzes da orla refletidas no mar que rodeia a ilha.

Tuesday, November 14, 2006

Chuva e blogs

Piove
Guarda come piove
Madonna, come piove!
Guarda come viene giú

Essa musiquinha fica martelando na minha cabeça 24/7, mas juro que não vou reclamar da chuva e do frio de novo.

A propósito, ando a procura de um bom blog em italiano. Alguém me indica um? Os que eu acho são de uma breguice visual infinita, gifs animados para todo lado. E minha leitura, assim como minha comida, precisa ter apelo visual.

Friday, November 10, 2006

Paralisia volitiva

Chove, daquele jeito peneirado que parece que não vai parar nunca. E eu só pensando por que é que não nasci rica.

Thursday, November 09, 2006

Eu tenho medo de loucos

Mas eu não estudo Psicologia?

Estudo, mas e daí?

Desde que comecei o curso, em 2004, de vez em quando marcam uma visita a um hospital psiquiátrico (hoje é necessário usar esses termos politicamente corretos, embora palavras como hospício ou manicômio reflitam muito mais a minha idéia acerca dessas instituições). Bem, que eu me lembre, minha turma já fez três dessas “visitas”, que não são obrigatórias; vai quem quer e pode.

Eu não posso. Eu trabalho durante o dia.

Meu argumento é esse. Até dou umas esperneadas, digo que os professores não levam em conta que os alunos que estudam à noite não o fazem por prazer mas por necessidade. Como é que eu vou faltar ao trabalho, assim, sem mais nem menos? Mas, no fundo, dou meu suspiro de alívio. Não é que eu tenha medo deles; é que eu não posso.

Veja que bonito: a psicóloga que tem medo de doidos. Vai terminar no RH a coitada. Logo ela que detesta tanto. Isso se resolver abrir mão do seu emprego atual, para aturar estágio que paga, no máximo, 10% do seu salário.

O futuro é negro, meu povo.

Tuesday, November 07, 2006

Na encruzilhada

A questão é: estou sofrendo auto-censura desde que me dei conta de que conhecidos poderiam chegar aqui e ler o que eu escrevo. Este blog ultra-secreto é um diário umbiguista e não me serviria para nada mais. Se eu não puder escrever sobre os meus vizinhos estranhos, as travessuras dos meus cachorros, os meus ataques de frescura, vou escrever sobre o quê? Tratados de filosofia? Análises políticas sobre os conflitos no Oriente Médio? Crônicas de futebol? Críticas musicais? Como, se eu não tenho interesse nem competência para isso?

Eu quero minha liberdade de expressão de volta!

Pimenta baiana

Depois de longo e tenebroso inverno, ela voltou! Uebaaaaaa!